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  • Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

    O Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) está entre os dez motivos mais comuns de consultas médicas e atinge cerca de 264 milhões de pessoas no mundo todo. A característica principal desse transtorno é a preocupação excessiva. Ele pode se manifestar de diversas formas e intensidades, provocando sintomas físicos e psicológicos. Mas quando a ansiedade deixa de ser um sentimento comum e passa a ser um transtorno mental? Sintomas do transtorno de ansiedade generalizada Em 25% dos casos, o TAG está acompanhado de outras doenças psiquiátricas, sendo a depressão a mais comum. Dependendo das doenças relacionadas e da intensidade do transtorno, os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada podem variar. Porém, os mais fáceis de reconhecer são os físicos, tais como: Fadiga; Tensão muscular; Palpitação; Suor excessivo; Dor de cabeça; Disfunção sexual; Disfunção gastrointestinal. No entanto, a doença fica mais evidente quando aparecem, ou são reconhecidos, os sintomas neurológicos: Perda de memória; Insônia; Dificuldade de concentração; Irritabilidade; Inquietação. Entre os sintomas psíquicos, os aspectos essenciais são a preocupação constante e receios, como medo de ficar doente, de que algo negativo aconteça com seus familiares, de não conseguir cumprir com compromissos profissionais ou financeiros. Ao longo do transtorno, é comum a preocupação mudar de foco. Como é feito o diagnóstico do transtorno de ansiedade generalizada? É importante não confundir o transtorno de ansiedade generalizada com os sentimentos comuns de medo e ansiedade. Para considerar um diagnóstico, os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada devem estar presentes por, pelo menos, seis meses e causar desconforto ou prejudicar a rotina da pessoa e/ou seu relacionamento social, familiar e de trabalho.O diagnóstico não deve ser feito com pressa, pois há risco de identificar errado os sintomas, o chamado “falso positivo”. A hipótese do TAG estar relacionado com outras doenças psiquiátricas – como depressão, transtorno obsessivo e transtorno de pânico – deve ser avaliada também. Transtorno de ansiedade generalizada tem tratamento? O transtorno de ansiedade generalizada tem tratamento e a escolha deve ser baseada na eficácia da terapia, segurança, efeitos colaterais e custo. Geralmente, o tratamento é feito combinando: Psicoterapia – a mais comum para o transtorno de ansiedade generalizada é a terapia cognitivo-comportamental, que se baseia em como a pessoa interpreta suas experiências. A terapia familiar também pode ser indicada quando houver necessidade de envolver pessoas do convívio próximo no tratamento. Medicamentos – os mais utilizados são os ansiolíticos e antidepressivos da classe dos inibidores da recaptação de serotonina (IRS) e dos inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN). Apenas médicos podem receitar esses medicamentos. Referências http://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9217-ansiedade-generalizada/file - acessado em 27/05/2019 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872017000100008 - acessado em 27/05/2019 http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/6552790/4176315/GuiaAnsiedade_reunido.pdf - acessado em 27/05/2019 https://www.amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/transtornos-de-ansiedade-diagnostico-e-tratamento.pdf - acessado em 27/05/2019

  • Cetamina é opção de tratamento para depressão resistente

    Objetivo A cetamina apresenta-se como uma alternativa promissora contra a depressão resistente ao tratamento (DRT), no entanto o conhecimento de sua aplicação como antidepressivo ainda é restrito. Diante disso, objetivou-se investigar sua eficácia em pacientes com DRT. Métodos A busca da literatura foi efetuada na base de dados MedLine. Os critérios de inclusão foram: estudos clínicos controlados e randomizados dos últimos cinco anos e em inglês. Excluímos os artigos que não responderam à pergunta PICO e aqueles com tamanho de amostra e metodologia de estudo destoantes, quando comparados aos ensaios que basearam esta revisão. Resultados Considerando uma amostra final de seis artigos, observou-se uma melhor resposta à cetamina (principalmente em ganho de humor), quando comparada ao tratamento convencional contra a DRT. Já com sua primeira infusão, na dose de 0,5 mg/kg, foi possível perceber seus efeitos antidepressivos. A manutenção desses efeitos parece ser obtida com a administração de 0,5 mg/kg do medicamento, três vezes por semana. Por outro lado, a redução de tal dosagem pode diminuir ou anular os efeitos. Conclusões O uso da cetamina apresentou resultados efetivos na melhora do quadro de DRT, com efeitos adversos de pequena gravidade e de fácil controle. Entretanto, outros estudos, com amostras maiores e métodos diferentes, são necessários, para uma conclusão de maior consistência. Cetamina; transtorno depressivo resistente a tratamento; terapêutica INTRODUÇÃO A depressão resistente ao tratamento (DRT), um transtorno depressivo de grande relevância entre os tipos conhecidos, é definida como uma falha em responder a dois ou mais ensaios de monoterapia com fármaco antidepressivo ou ainda uma ausência de resposta a quatro ou mais ensaios de diferentes terapias antidepressivas1,2. Sua prevalência estimada é de 350 milhões de diagnósticos no mundo2. Ainda assim, existem medidas terapêuticas alternativas para pacientes diagnosticados com DRT, como, por exemplo, a terapia eletroconvulsiva (ECT, em inglês)3,4. Tal procedimento é baseado na indução de convulsões por meio de corrente elétrica, a fim de reorganizar as conexões neuronais do cérebro. Apesar de seguro e de apresentar resultados efetivos para diversos transtornos mentais, a ECT é associada a efeitos deletérios e a uma ação demorada5. Contudo, nos últimos anos, percebeu-se que um conhecido anestésico também poderia ter efeito antidepressivo, inclusive em casos resistentes6,7. Trata-se da cetamina, descoberta na década de 1960, a princípio usada como anestésico e, em menor proporção, como analgésico. No entanto, anos depois, sua ação antagonista de receptores do glutamato/aspartato (receptores N-metil-D-aspartato ou NMDA) foi evidenciada, sendo o glutamato um importante neurotransmissor envolvido na modulação de variadas atividades cerebrais8. Assim, a cetamina passou a ser alvo de diversas pesquisas para entender seu potencial de regulação neuronal para transtornos mentais e possibilitar outra alternativa ao tratamento da DRT. Em tal contexto, algumas pesquisas já indicaram que a cetamina, infundida em doses baixas, apresentou rápido efeito antidepressivo; nos Estados Unidos, a Food And Drug Administration (FDA), agência federal de regulação e controle de medicamentos, aprovou, em 2019, a comercialização de um isômero da cetamina para a terapia da DRT8. Desse modo, nosso estudo busca analisar os achados de ensaios recentes que fizeram uso controlado da cetamina como antidepressivo em pacientes diagnosticados com DRT, além de comparar suas possíveis vantagens e desvantagens em relação a métodos terapêuticos já conhecidos. Esperamos, assim, contribuir para o estabelecimento de informações com maior peso científico sobre a dosagem, o tempo de ação, os efeitos adversos e/ou as interações medicamentosas da cetamina no tratamento da depressão resistente. MÉTODOS Desenho do estudo e estratégia de busca Trata-se de uma revisão sistemática da literatura e, por isso, não foi necessária aprovação de um Comitê de Ética e Pesquisa. A princípio, definimos a seguinte pergunta PICO: “O uso da cetamina, quando comparado aos tratamentos convencionais, apresenta melhora no quadro de depressão resistente ao tratamento?”, a qual guiou esta revisão. A busca da literatura foi efetuada no período de agosto a setembro de 2020, na base de dados MedLine, a partir dos descritores controlados obtidos no MeSH, sendo eles: “Ketamine” e “Depressive Disorder, Treatment Resistant”. Para isso, uma busca prévia foi realizada na base de dados selecionada para verificar a disponibilidade de estudos para cada descritor escolhido, e posteriormente realizamos a associação entre tais palavras e seus sinônimos com os operadores booleanos AND e OR, estabelecendo, desse modo, a frase de pesquisa. A frase obtida está destacada a seguir: (Ketamine OR “2-(2-Chlorophenyl)-2-(methylamino)cyclohexanone” OR “CI-581” OR “CI 581” OR CI581 OR Ketalar OR Ketaset OR Ketanest OR Calipsol OR Kalipsol OR Calypsol OR “Ketamine Hydrochloride”) AND (“Depressive Disorder, Treatment Resistant” OR “Depressive Disorders, Treatment-Resistant” OR “Disorder, Treatment-Resistant Depressive” OR “Disorders, Treatment-Resistant Depressive” OR “Treatment-Resistant Depressive Disorder” OR “Treatment-Resistant Depressive Disorders” OR “Refractory Depression” OR “Depression, Refractory” OR “Depressions, Refractory” OR “Refractory Depressions” OR “Therapy-Resistant Depression” OR “Depression, Therapy-Resistant” OR “Depressions, Therapy-Resistant” OR “Therapy Resistant Depression” OR “Therapy-Resistant Depressions” OR “Treatment Resistant Depression” OR “Depression, Treatment Resistant” OR “Depressions, Treatment Resistant” OR “Resistant Depression, Treatment” OR “Resistant Depressions, Treatment” OR “Treatment Resistant Depressions”). Critérios de inclusão e exclusão Foram incluídos estudos clínicos controlados e randomizados, necessariamente publicados nos últimos cinco anos e escritos em inglês. Excluímos os artigos que analisaram unicamente o enantiômero escetamina, os que não comparavam a cetamina com os tratamentos convencionais contra a DRT, os que utilizavam o fármaco para tratar de outras doenças, os que abordavam exclusivamente a farmacodinâmica da droga, além dos que estudaram a cetamina apenas como anestésico. Por fim, aqueles com tamanho de amostra e metodologia de estudo destoantes, quando comparados à maioria dos estudos incluídos, também foram retirados desta revisão. Identificação e seleção dos estudos Quatro pesquisadores independentes realizaram a busca nas bases de dados e fizeram a leitura dos títulos e resumos de cada trabalho incluído, identificando, separadamente, artigos que atendessem aos objetivos deste estudo e, consequentemente, respondessem à pergunta PICO. Discordâncias seriam debatidas entre o grupo e posteriormente com o orientador da pesquisa. Extração dos dados e avaliação do rigor metodológico A coleta de dados foi realizada a partir de instrumento validado9,10, sendo feita por quatro pesquisadores. Seguem características extraídas dos estudos: título do artigo, título do periódico, país, idioma, ano de publicação, instituição sede do estudo, características metodológicas do estudo (incluindo tipo de publicação, objetivo ou questão de identificação, amostra, intervenções realizadas, resultados, implicações e nível de evidência). Por fim, realizou-se uma avaliação do rigor metodológico (considerando a clareza no delineamento do estudo, tamanho da amostra, análise estatística realizada e a presença de vieses). RESULTADOS Como pode ser visto na figura 1, após os critérios serem aplicados, definiram-se seis estudos, e todos apresentaram escolha randômica de participantes e grupo controle. Também é pertinente ressaltar que, nesses ensaios, todos os voluntários selecionados receberam diagnóstico de DRT. Figura 1 A princípio, segundo os estudos de Phillips et al.11 (2019), percebeu-se que, a partir de infusões únicas de cetamina em 41 voluntários – divididos em dois grupos, no qual um recebeu cetamina e outro, um placebo ativo –, tais participantes tiveram uma diminuição média de 10,9 pontos, em relação às pontuações pré-infusão, no escore total da Escala de Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS, em inglês)12, a qual está representada na tabela 1. Em uma segunda fase dos testes, 39 dos 41 participantes completaram o curso completo de infusões. O resultado principal para a fase 2 foi a mudança nas pontuações da MADRS ao longo de seis infusões seguidas (sendo uma por semana), de modo que o desfecho foi a diminuição média de dois pontos por cada administração da cetamina. Por fim, na etapa 3 (fase de manutenção), participaram os indivíduos que tiveram redução de 50% nessa escala, em relação às pontuações anteriores aos estudos, havendo uma estabilidade no escore dos indivíduos entrevistados. Tabela 1 Analogamente, de acordo com Singh et al.13 (2016), após um estudo duplo-cego contendo 67 participantes, foi possível notar que os grupos que receberam cetamina duas vezes por semana tiveram uma queda média na pontuação da MADRS de 18,4 pontos, sendo de 5,7 para os que receberam placebo. Paralelo a isso, os grupos que receberam três infusões de cetamina por semana tiveram uma diminuição média de 17,7 pontos, reduzindo 3,1 nos que receberam placebo. Além disso, os voluntários que participaram da fase de rótulo aberto obtiveram diminuição de 12,2 pontos no questionário da MADRS (com duas doses semanais) e de 14,0 pontos com três doses semanais. Por fim, o estudo revelou também que a administração de duas ou três doses de cetamina, a 0,5 mg/kg em uma semana, manteve um efeito antidepressivo durante 15 dias. Em adição, segundo Cao et al.14 (2019), a partir de um ensaio que contou com 55 pacientes, divididos entre um grupo que recebeu placebo (grupo controle) e outros dois grupos que receberam infusões de cetamina (variando-se apenas a dose: 0,5 mg/kg de cetamina para o grupo A e 0,2 mg/kg para o grupo B), relatou-se uma diminuição considerável na pontuação da MADRS em 16 desses voluntários. Já para aqueles que não apresentaram respostas fisiológicas à cetamina e para o grupo controle, não foram notadas mudanças significativas em tal escala. Além disso, apontou-se ainda que os efeitos foram percebidos majoritariamente entre os indivíduos do grupo A e que dois pacientes que estavam recebendo placebo apresentaram melhora no quadro depressivo. Já no estudo de Mathew et al.15 (2019), o qual foi realizado em 400 pacientes, dividindo-os igualmente em grupos a serem tratados com ECT e com cetamina, 120 participantes de cada grupo foram classificados como respondentes aos respectivos tratamentos. Entre os respondentes do grupo que recebeu a cetamina, 96 participaram de uma fase posterior de acompanhamento, na qual se percebeu que o uso da droga por um longo período e em doses altas, embora demonstre manutenção da resposta antidepressiva, pode estar associado a um comprometimento cognitivo. Também é válido considerar, em consonância com o ensaio de Lonescu et al.16 (2019) – o qual envolveu 26 voluntários, divididos igualmente entre um grupo que recebeu placebo e outro no qual foi administrada a cetamina –, que dois dos pacientes que receberam a droga e um do grupo controle foram considerados em remissão da depressão. Além disso, após acompanhamento de três meses, outros dois pacientes de cada grupo apresentaram redução dos sintomas depressivos. Por fim, nota-se que, de acordo com Zhong et al.17 (2016), em estudo realizado com três grupos – um recebendo apenas cetamina na concentração de 0,8 mg/kg, outro recebendo doses conjuntas de cetamina (0,5 mg/kg) e propofol (0,5 mg/kg) e o terceiro, apenas propofol (0,8 mg/kg) –, houve redução na pontuação da Escala de Avaliação de Hamilton para Depressão (HDRS, em inglês)12 em todos esses grupos, sugerindo, assim, uma melhora no humor dos voluntários. O grupo que recebeu apenas a cetamina apresentou pontuações significativamente mais baixas da HDRS da segunda à oitava infusão. Além disso, análises estatísticas indicaram reduções nos sintomas psicopatológicos de todos os pacientes e pontuações mais baixas na subescala de ansiedade-depressão, sobretudo para aqueles que receberam apenas a cetamina. DISCUSSÃO Considerando os resultados extraídos e o objetivo desta revisão, é possível destacar os aspectos mais pertinentes para o tema proposto. Desse modo, inicialmente, é importante evidenciar que, repetidas vezes, os grupos tratados com cetamina responderam de maneira positiva em relação à DRT. Os resultados de vários autores demonstraram que a maioria dos pacientes teve significativa diminuição dos sintomas depressivos11,13,15,17, sendo esses dados confirmados por escalas de avaliação da depressão internacionalmente reconhecidas, como a MADRS e a HDRS. No entanto, segundo outros estudos, apenas a menor parcela dos voluntários (em torno de 20%) experimentou melhora de humor após o uso da cetamina14,16. É válido ressaltar, ainda, que um desses ensaios apresentou amostra consideravelmente pequena16, limitando seus resultados. Com relação à posologia da cetamina contra a DRT, pôde-se perceber que diferentes dosagens do fármaco resultam em efeitos clínicos também diversos nos pacientes. Ainda assim, alguns autores afirmaram que a concentração de 0,5 mg/kg apresenta resultados antidepressivos eficazes – com estabilidade em seus efeitos – e que concentrações inferiores a essa não alcançam resultados consistentes13,14. Contudo, houve um estudo em que a dosagem de 0,8 mg/kg apresentou superioridade significativa à de 0,5 mg/kg, no que se refere à diminuição dos sintomas da DRT17. Dessa forma, faz-se necessário analisar ensaios de maior duração, para uma conclusão mais precisa acerca da concentração terapêutica ideal para a cetamina como antidepressivo. Já no que diz respeito ao número mínimo de infusões de cetamina – necessário para o surgimento de efeito antidepressivo significativo –, com base nos estudos, houve divergências. Segundo alguns autores, somente a partir da segunda infusão foi possível notar mudança considerável no humor dos pacientes, revelando, inclusive, estabilidade nesses resultados11,17. Por outro lado, um ensaio atestou, em apenas quatro horas após a primeira administração da cetamina, já perceber seus efeitos antidepressivos14. É válido ressaltar que esse último estudo foi limitado pela inclusão de somente voluntários asiáticos, de modo que se fazem necessárias mais pesquisas, focadas em definir tal aspecto da droga, com amostras maiores e heterogêneas. Além disso, no âmbito da quantidade de dias por semana em que a cetamina deve ser administrada, visando a um tratamento duradouro da DRT, houve concordância entre os estudos que abordaram tal aspecto. De tal modo, um dos ensaios – conduzido com aplicações da droga duas ou três vezes por semana – demonstrou que o uso do fármaco em um número menor de dias por semana parece ser mais eficaz para o objetivo proposto13, mantendo concordância com outro estudo, no qual infundir a droga apenas uma vez por semana foi suficiente para a estabilização dos resultados antidepressivos11. Contudo, vale considerar que, nesse último ensaio, considerando a MADRS, os participantes tiveram uma resposta antidepressiva menos relevante em relação àqueles do primeiro estudo citado, o que pode ter ocorrido pela diferença na quantidade de infusões semanais. Por outro lado, tratando-se dos efeitos adversos da cetamina contra a DRT, uma consequência negativa analisada por alguns estudos foi a perda de memória, visto que esse é um efeito adverso frequente do tratamento convencional (ECT), sendo, assim, interessante investigá-lo também no uso da cetamina. Dessa forma, segundo um dos ensaios – o qual contou com um período de seis meses utilizando e acompanhando os efeitos da droga –, houve notificação de perda de memória quando o fármaco foi usado por vários meses e com altas dosagens15. No entanto, evitando essa forma de uso e considerando os benefícios revelados pela cetamina na melhora do humor, indicou-se sua utilização, apesar do risco de surgimento de tal efeito adverso15. Logo, o fármaco parece apresentar poucos efeitos negativos, sendo, nessa perspectiva, viável para o quadro de DRT, embora se deva ressaltar que, entre a maioria dos estudos considerados nesta revisão, houve poucas ponderações sobre sua eficácia relacionada com seus efeitos adversos. Por fim, é importante destacar a dificuldade de discutir alguns aspectos pertinentes para o tema desta revisão, em virtude de limitações dos estudos analisados, como o pequeno número de voluntários14,16 e a inexistência de uma avaliação sobre a interação da cetamina com medicamentos adjuvantes, de modo a, por exemplo, reduzir seus efeitos adversos ou prolongar suas ações antidepressivas11,13-17. CONCLUSÃO Logo, como conclusão principal dos resultados discutidos anteriormente, a cetamina, de acordo com a maioria dos estudos analisados, apresentou-se como um medicamento respondente ao quadro de DRT, com resultados consideravelmente rápidos e com poucos efeitos adversos. Contudo, é necessário evidenciar que, embora apresentassem número pequeno de participantes nos testes clínicos, alguns desses ensaios descreveram uma ação inconsistente da cetamina na mudança de humor dos voluntários. Além disso, pode-se afirmar que a dosagem mínima da droga para o tratamento da DRT não está estabelecida, mas que já possui uma estimativa com resultados homogêneos. Por fim, ressalta-se que, apesar de seus efeitos promissores, são válidas novas pesquisas sobre o tema, a fim de estabelecer outras características posológicas da cetamina contra a DRT, como, por exemplo, o número de infusões semanais e o período de uso necessários para um resultado terapêutico efetivo. AGRADECIMENTOS Os autores declaram não haver agradecimentos a serem feitos. REFERÊNCIAS 1Johnston KM, Powell LC, Anderson IM, Szabo S, Cline S. The burden of treatment-resistant depression: A systematic review of the economic and quality of life literature. J Affect Disord. 2019;242:195-210. 2Cooper MD, Rosenblat JD, Cha DS, Lee Y, Kakar R, McIntyre RS. Strategies to mitigate dissociative and psychotomimetic effects of ketamine in the treatment of major depressive episodes: a narrative review. World J Biol Psychiatry. 2017;18(6):410-23. 3Altinay M, Karne H, Anand A. Administration of Sub-anesthetic Dose of Ketamine and Electroconvulsive Treatment on Alternate Week Days in Patients with Treatment Resistant Depression: A Double Blind Placebo Controlled Trial. Psychopharmacol Bull. 2019;49(1):8-16. 4Haq AU, Sitzmann AF, Goldman ML, Maixner DF, Mickey BJ. Response of depression to electroconvulsive therapy: a meta-analysis of clinical predictors. J Clin Psychiatry. 2015;76(10):1374-84. 5Verwijk E, Obbels J, Spaans HP, Sienaert P. [Doctor, will I get my memory back? Electroconvulsive therapy and cognitive side-effects in daily practice]. Tijdschr. Psychiatr. 2017;59(10):632-7. 6Naughton M, Clarke G, O’Leary OF, Cryan JF, Dinan TG. A review of ketamine in affective disorders: current evidence of clinical efficacy, limitations of use and pre-clinical evidence on proposed mechanisms of action. J Affect Disord. 2014;156:24-35. 7Han Y, Chen J, Zou D, Zheng P, Li Q, Wang H, et al. Efficacy of ketamine in the rapid treatment of major depressive disorder: a meta-analysis of randomized, double-blind, placebo-controlled studies. Neuropsychiatr Dis Treat. 2016;12:2859-67. 8Mohammed A, Mansour IA. Could ketamine be the answer to treating treatment-resistant major depressive disorder? Gen Psychiatr. 2020;33(5):e100227. 9Ursi ES. Prevenção de lesões de pele no perioperatório: revisão integrativa da literatura [dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; 2005. 10Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo). 2010;8(1):102-6. 11Phillips JL, Norris S, Talbot J, Birmingham M, Hatchard T, Ortiz A, et al. Single, Repeated, and Maintenance Ketamine Infusions for Treatment-Resistant Depression: A Randomized Controlled Trial. Am J Psychiatry. 2019;176(5):401-9. 12Lobo A, Chamorro L, Luque A, Dal-Ré R, Badia X, Baró E, et al. Validación de las versiones en español de la Montgomery-Asberg Depression Rating Scale y la Hamilton Anxiety Rating Scale para la evaluación de la depresión y de la ansiedad. Med Clin (Barc). 2002;118(13):493-9. 13Singh JB, Fedgchin M, Daly EJ, De Boer P, Cooper K, Lim P, et al. A Double-Blind, Randomized, Placebo-Controlled, Dose-Frequency Study of Intravenous Ketamine in Patients With Treatment-Resistant Depression. Am J Psychiatry. 2016;173(8):816-26. 14Cao Z, Lin CT, Ding W, Chen MH, Li CT, Su TP. Identifying Ketamine Responses in Treatment-Resistant Depression Using a Wearable Forehead EEG. IEEE Trans Biomed Eng. 2019;66(6):1668-79. 15Mathew SJ, Wilkinson ST, Altinay M, Asghar-Ali A, Chang LC, Collins KA, et al. ELEctroconvulsive therapy (ECT) vs. Ketamine in patients with Treatment-resistant Depression: The ELEKT-D study protocol. Contemp Clin Trials. 2019;77:19-26. 16Lonescu DF, Bentley KH, Eikermann M, Taylor M, Akeju O, Swee MB, et al. Repeat-dose ketamine augmentation for treatment-resistant depression with chronic suicidal ideation: A randomized, double blind, placebo controlled trial. J Affect Disord. 2019;243:516-24. 17Zhong X, He H, Zhang C, Wang Z, Jiang M, Li Q, et al. Mood and neuropsychological effects of different doses of ketamine in electroconvulsive therapy for treatment-resistant depression. J Affect Disord. 2016;201:124-30. Fonte: https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/KXyvRwryMfHTVMRDHBMD7zN/?lang=pt#

  • Anestésico pode impedir que depressão cause perda de prazer ou interesse

    " Uma nova pesquisa, publicada no periódico Neuron, revelou que o anestésico cetamina faz com que, em situações semelhantes às causadas pela depressão em humanos, primatas não sofram com a perda de interesse ou prazer, sintomas comuns desse transtorno mental. A ciência ainda não sabe explicar por que a anedonia (a perda de interesse, prazer ou excitação a atividades que o indivíduo já considerou prazerosas) e a depressão têm uma relação. Mas o estudo realizado por cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriu que uma região do cérebro chamada "área 25" pode estar por trás dessa interação. "Compreender os circuitos cerebrais subjacentes a aspectos específicos da anedonia é de grande importância", diz o principal autor da pesquisa, Laith Alexander. "Não apenas por causa da anedonia ser uma característica central da depressão, mas também por ser um dos sintomas mais resistentes ao tratamento." A depressão é uma doença que está cada vez mais em evidência. Nosso estilo de vida, hábitos alimentares e pressões das mais diversas, além das questões biológicas, fazem com que essa doença se manifeste, atingindo pessoas dos mais variados perfis. Apesar disso, os métodos de tratamento são os mesmos há 40 anos. Funcionamento da nova droga Grande parte dos remédios para depressão disponíveis no mercado funcionam através da manipulação de receptores de serotonina, mensageiro químico que desempenha um papel fundamental na regulação do humor. Já a medicação à base de cetamina trabalha de uma forma diferente, se aproveitando de um mecanismo que altera receptores de NMDA. Assim como a serotonina, o NMDA possui importantes funções na regulação do humor, mas também é responsável por manter as sinapses do cérebro flexíveis e resilientes. Essa delicada estrutura é responsável pelos nossos pensamentos, e a depressão parece fazer com que elas encolham — e, em alguns casos, até morram. Os tratamentos disponíveis atualmente, segundo cientistas, auxiliam na reconstrução dessas ligações de maneira indireta e, por isso, levam um tempo considerável para alcançar o efeito desejado. A cetamina, ao contrário dos medicamentos antigos, tem sua ação diretamente nessas sinapses, reconectando os receptores NMDA de forma eficiente e inibindo os sintomas de depressão em questão de horas. Um estudo feito em 2012 sobre o assunto analisou a atuação do novo medicamento, constatando que ele possui grande habilidade em reduzir efeitos da depressão em pacientes que já não respondiam mais à medicação disponível. A empolgação com a cetamina foi tanta que os autores do estudo a chamaram de “maior descoberta dos últimos 50 anos”. Assim como qualquer remédio, ela possui vários efeitos colaterais, mas o que mais preocupa os pesquisadores são os relatos de experiências dissociativas, a sensação conhecida como “sair do corpo”. Especialistas temem que essas reações acabem gerando resistência ao uso do medicamento, por se tratar de uma sensação negativa para algumas pessoas; por outro lado, isso pode ser estimulante para outras, criando vício no uso do produto.

  • Como lidar com a ansiedade no dia a dia

    O que fazer para controlar a Ansiedade? Com o estresse do dia a dia e a situação atual, é mais que natural procurar por o que fazer para controlar a ansiedade. Na verdade, os casos de crises cresceram muito nos últimos anos, em especial nos mais jovens. Ainda assim, é bom ressaltar que este é um distúrbio psicológico que pode atingir qualquer pessoa. Assim, dúvidas sobre como diminuí-lo ou controlá-lo são bastante comuns. A boa notícia é que há formas naturais e sem remédios de melhorar sua qualidade de vida. De simples exercícios a consultas com especialistas, diversas são as maneiras de diminuir seu nervosismo e evitar os pensamentos negativos. Assim, de forma alguma você pode se acomodar a essa situação. Busque ajuda, descubra o que funciona em seu caso e veja sua vida mudar completamente. A técnica da meditação é uma ótima escolha para quem quer amenizar os sintomas de ansiedade, é o que confirma o próprio SUS — Sistema Único de Saúde.. Aqui, não é preciso se tornar nenhum monge budista, nem se dedicar a horas e horas ao silêncio total. O foco dessa prática é apenas se centrar no positivo, buscando um maior domínio sobre seu pensamentos e, principalmente, como eles te atingem. Pratique exercícios físicos Quer saber o que fazer para controlar a ansiedade? Invista em exercícios físicos diariamente, já que eles te auxiliam em dois aspectos. Primeiramente, eles te distraem, fazendo com que você, obrigatoriamente, viva o presente, uma etapa importante para reverter esse quadro. Além disso, eles liberam hormônios que te ajudam nessa melhora, apresentando também um componente químico e mais palpável. Treine sua respiração Pode parecer simples e até bobo, mas a respiração é uma etapa vital da superação, em especial nos momentos de crise. Na prática, técnicas como essa podem ajudar muito, sendo indicadas para quem busca o que fazer para controlar a ansiedade. E não imagine que essas sejam atividades complexos ou monótonos, muito pelo contrário. Em geral, você pode exercitar a forma como respira em qualquer local e como quiser. No sofá, enquanto assiste ao seu programa favorito ou na cama, antes de dormir, é fácil praticar a respiração todos os dias. Além de melhorar todo seu organismo, ela é excelente para te trazer ao momento presente, focar em algo fora do medo e conter a afobação e o desespero. Revise sua rotina Embora muita gente não saiba, organizar sua rotina é uma excelente prática para lutar contra a ansiedade. A explicação disso é bastante simples, já que uma rotina bem planejada te deixa mais tranquilo. Com isso, não há muito com o que se preocupar, especialmente sobre o futuro. Se você já sabe tudo o que deve fazer, afinal, é fácil imaginar que tudo ocorrerá corretamente. Para utilizar bem essa dica, basta fazer um cronograma de seu dia, suas tarefas e compromissos. É possível realizar a atividade tanto no meio físico quanto no digital, cabendo a você investir no que mais lhe agradar. O mais legal é que, além de te ajudar com os pensamentos negativos, essa é uma ótima maneira de conseguir cumprir tudo o que precisa sem qualquer medo ou desespero. Controle seus pensamentos Sem a menor dúvida, os grandes causadores da ansiedade são seus pensamentos, principalmente os negativos. Sabendo disso, não é complicado perceber que quanto mais dominá-los, menos sofrerá. Obviamente que é muito simples falar para dominar algo que você, a princípio, não tem o poder. A realidade, porém, é que sim, você tem esse poder. Não que seja fácil, mas ao praticar a meditação e o agradecimento mencionados acima, você pode passar a ver o lado positivo da vida. Com isso, estará a um passo de visualizar que ocorrem mais coisas boas do que ruins. Logo, na hora de procurar o que fazer para controlar a ansiedade, mantenha seu foco em sua própria mente. Com esse domínio, você poderá alterar muitos de seus instintos e ter uma qualidade de vida muito maior. Priorize seu sono Pode até ser que algumas das sugestões acima possam parecer complicadas para se colocar em prática. Por isso, uma que funciona perfeitamente e é muito boa de se fazer é priorizar seu sono. Para isso, basta relaxar, deitar-se na cama e dormir ao menos 8 horas por dia. Além de trazer ótimos benefícios ao corpo, o sono também auxilia muito sua mente. Este ponto está diretamente relacionado ao seu estresse, como você pode conferir em matéria do site do hospital Hcor, referência no país. Assim, ao acordar você terá disposição e bom humor, dois dos principais ingredientes para alcançar pensamentos positivos. Para comprovar a teoria, é só pensar: como você se sente quando dorme mal? Pois é, dedicar um período correto para seu sono pode te ajudar muito mais do que apenas descansar. Busque por especialistas Uma coisa que precisa ficar bem clara em sua mente é que você não precisa — e nem deve — passar por isso sozinho. Se não se sentir confortável ao se abrir com amigos e familiares, busque por especialistas no assunto. A terapia é uma ótima maneira de colocar esses sentimentos para fora e, ao mesmo tempo, se conhecer melhor. Para isso, basta procurar por um bom psicólogo que te auxilie nesse processo.

  • Filmes que nos ajudam a refletir sobre a DEPRESSÃO

    A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa auto-estima, que aparecem com freqüência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. É um problema médico grave e altamente prevalente na população em geral. De acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%. Segundo a OMS, a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico. De acordo com a OMS, a depressão situa-se em 4º lugar entre as principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida. Ocupa 1º lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida, mas pode começar em qualquer idade. Estudos mostram prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para os homens. Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao Trouxemos aqui alguns filmes sobre depressão e um pequeno resumo de cada um deles, de acordo com a perspectiva de cada filme sobre esse transtorno. Se enlouquecer não se apaixone Um jovem que passa por dramas corriqueiros pode se sentir angustiado o bastante para tentar suicídio, por mais que seus problemas pareçam o de qualquer outro adolescente: isso é o que vemos em ‘Se enlouquecer, não se apaixone’. O filme é uma comédia dramática que conta a história de Craig (Keir Gilchrist) que acaba sendo internado na ala psiquiátrica de um hospital após procurar ajuda depois de quase se atirar de uma ponte. Craig, que é um jovem mediano, vive uma depressão, por estar preocupado demais com seu futuro e sentindo de forma muito intensa as angústias da adolescência. No filme, sua história é abordada de forma descontraída, trazendo à superfície traumas e medos do passado de forma natural, fazendo com que o protagonista os veja de forma diferente. As Horas A depressão pode atingir qualquer pessoa, em qualquer tempo, de qualquer jeito e o filme ‘As Horas’ demonstra isso de uma forma bastante curiosa, através da vida de três mulheres com depressão em diferentes épocas, mas de forma interligada, sendo um filme sagaz para a compreensão dos sintomas de depressão de diferentes formas. No filme, vemos a vida de Virginia Woolf (Nicole Kidman) se passando em 1923 enquanto ela escrevia seu livro Mrs. Dollaway, enquanto Laura Brown (Julianne Moore) é uma dona de casa dos anos 1950 e Clarissa Vaughan (Meryl Streep) é uma mulher forte vivendo em Nova York, em 2001. Foi Apenas um Sonho Planejar um futuro a dois pode ser realmente empolgante, mas mesmo a maioria dos planos dando certo, pode haver problemas relacionados à depressão. Quando você se deixou em segundo plano para caber em seus próprios planos? É isso que nos mostra ‘Foi Apenas um Sonho’. Frank (Leonardo Di Caprio) e April (Kate Winslet) se conhecem, apaixonam, casam e planejam toda a sua vida pautados em criar raízes e ter segurança e estabilidade. No entanto, suas vidas começam a ficar repetitivas e monótonas, fazendo com que eles se questionem sobre onde seus antigos sonhos foram parar e o que aconteceu com toda aquela vida que tinham. Eles vão se deprimindo e problemas começam a surgir no relacionamento. Frank não aguenta mais seu emprego a uma hora da cidade e April já não suporta mais sua vida de dona de casa no subúrbio. Mas o que pode mudar esse casal que precisa dar uma segunda chance para seus sonhos? Pequena Miss Sunshine A depressão pode estar presente de várias formas, em diversas relações familiares e de forma que nem imaginamos: isso é o que retrata ‘Pequena Miss Sunshine’, justamente o nome do concurso em que a pequena Olive vai disputar e acaba movimentando toda a família em uma longa viagem de Kombi pelos EUA. A chegada de Frank (Steve Carrel), irmão de Sheryl, que vai morar com essa grande família logo após tentar se matar, mexe ainda mais com as coisas, pois ele precisa ser monitorado para não ter uma recaída. Mas é justamente ele que traz a temática da depressão para o centro do filme, através de conversas com Olive, que começa a perceber como isso afeta sua família na convivência diária entre tensões e ações.

  • Hábitos que podem melhorar a sua saúde mental

    A gente sabe que cuidar da saúde do corpo é essencial, mas tão importante quanto manter um corpo sadio, é estar em dia com a saúde mental. O setembro amarelo é uma campanha cujo foco está na conscientização sobre o bem-estar mental e de prevenção ao suicídio, além de combater o preconceito contra os transtornos psicológicos. Por isso, aqui vão 8 hábitos para passar a praticar nesse mês e manter a cabeça tão saudável quanto o corpo todo! 1. Exercite-se regularmente O exercício físico é excelente para manter o corpo saudável, mas a mente também sofre as influências positivas deste hábito! Isso porque se exercitar faz com que o cérebro libere hormônios como a endorfina e a dopamina, relacionadas ao bem-estar, alegria e bom humor. Se você não é chegado à academia, pratique um exercício ao ar livre, como caminhadas, ou aeróbicos, como dançar. 2. Mantenha uma alimentação saudável Se alimentar com saúde faz bem para o corpo, para o coração e para a mente também. Comer frutas, verduras, legumes e tomar bastante água gera, a médio e longo prazo, a sensação de bem-estar e felicidade. Além disso, alguns alimentos ajudam a tratar a ansiedade, o estresse e até mesmo a depressão. 3. Durma bem todas as noites Boas noites de sono são essenciais para manter corpo e mente sãos. Dormir mal significa acumular cansaço, fadiga e... Mau humor. Para uma noite de sono que garanta bem-estar é necessário dormir de 7h a 9h. Em raras exceções o tempo pode ser maior, mas não muito, já que o excesso de sono pode indicar problemas de saúde. 4. Medite sempre que puder A meditação tem efeitos positivos cientificamente comprovados sob o bem-estar mental: combate a ansiedade, o estresse e ajuda a lidar melhor com as emoções. Não sabe meditar ou nunca fez isso na vida? Tente opções de meditação guiada em plataformas digitais na internet. Muitas pessoas também procuram a natureza e lugares como campos, jardins, cachoeiras ou praias para uma meditação mais relaxante. 5. Converse com alguém Como seres humanos são sociáveis, é sempre bom ter alguém para conversar. Fazer amigos e conversar é saudável para a mente, melhorando o humor. No seu tempo livre, procure os amigos, saia para bater papo e conversar sobre assuntos que te interessem e façam você se sentir à vontade. 6. Turbine sua vida sexual Estudos comprovam que ter uma boa vida sexual melhora a autoestima e faz bem ao humor. Isso porque, na hora do sexo, são liberados diversos hormônios, como a endorfina, que potencializa o bem-estar. O sexo ainda melhora o funcionamento dos músculos e combate o estresse. 7. Desligue o celular Algumas pesquisas recentes revelam que o excesso de contato com a tecnologia deixa as pessoas mais doentes e deprimidas, além de muitas vezes nos distanciar de pessoas e hábitos que realmente importam. Realize um "detox" das redes algumas horas por dia e use-as em um outro hábito, como ler um livro ou praticar um esporte, por exemplo. fonte: https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/setembro-amarelo-8-bons-habitos-que-ajudam-a-melhorar-a-saude-mental_a10904/1

  • Dicas para cuidar da saúde mental e emocional durante o ano

    No Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 86% da população sofre de algum tipo de transtorno mental, como fobias, depressão, transtornos de ansiedade e personalidade, entre outros. Confira as dicas de como cuidar das emoções, comportamentos e da qualidade das suas relações afetivas: 1. Tire um tempo para você Em meio aos compromissos da rotina, é importante parar para respirar. Relaxe e separe um momento do seu dia para fazer algo que você gosta: assistir uma série, fazer uma caminhada, ler um bom livro, dançar. O importante é que a atividade seja prazerosa. 2. Busque o equilíbrio Tente manter uma organização na realização das tarefas de aula e trabalho, equilibrando as responsabilidades com as atividades de lazer e descanso. Utilizar plataformas de organização e métodos de gestão do tempo podem te ajudar. 3. Cuide do corpo Praticar atividades físicas ajuda na liberação de substâncias no organismo que causam as sensações de bem-estar, conforto e melhoram o humor, além de fazer bem à saúde. Lembre-se de dormir bem para descansar o corpo e a mente, além de se hidratar e manter uma alimentação equilibrada. Antes de dormir, evite usar o celular e aparelhos eletrônicos para ter uma noite mais tranquila. 4. Mantenha boas relações Busque estar próximo das pessoas que você ama e te fazem bem, como família, amigos e amigas, mesmo que virtualmente. Os bons relacionamentos são fundamentais para a saúde mental e ajudam a fazer com que a vida tenha sentido. 5. Procure ajuda Preste atenção em você. Se estiver com dificuldades em lidar com as suas emoções, com a realidade desse momento ou com frustrações, procure uma ajuda profissional. Existem diferentes alternativas de profissionais e serviços de psicologia que podem lhe auxiliar a lidar com os momentos difíceis da vida. Lembre-se que é importante falar sobre saúde mental de janeiro a janeiro.

  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

    Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) É um distúrbio psiquiátrico de ansiedade. Sua principal característica é a presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões. As obsessões são pensamentos involuntários que invadem a consciência gerando ansiedade e obrigando o indivíduo a executar compulsões, que são atos físicos ou mentais realizados em resposta às obsessões. Existem dois tipos:  Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico - caracterizado pelas obsessões e rituais que se repetem com frequência, mas que não interferem na qualidade de vida da pessoa.  Transtorno obsessivo-compulsivo - a ansiedade só pode ser aliviada e controlada por meio dos rituais, que são repetidos compulsivamente e chegam a atrapalhar diretamente a vida de quem sofre com a doença e de pessoas próximas. O diagnóstico de uma patologia psiquiátrica só deve ser feito e fechado por um profissional especializado. Ele leva em conta um conjunto de fatores que depende da avaliação minuciosa de um médico. Renovamos o pedido para que não se julgue quem quer que seja precocemente, aumentando a dificuldade e alimentando preconceitos. Principais sintomas: De origem biológica e genética, há também grande influência ambiental para o surgimento dos sintomas. Eles podem ser de intensidade leve, grave e até incapacitante. Se não tratado, pode acompanhar o indivíduo durante toda a vida, pois raramente existe uma melhora espontânea: Medo de contaminação Dúvidas excessivas seguidas de verificações Preocupação exagerada com ordem, simetria ou exatidão Pensamentos de conteúdo inaceitável Compulsão por guardar objetos sem utilidade e dificuldade em descartá-los

  • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

    Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) É um transtorno neurobiológico de causas genéticas que pode ser diagnosticado a partir dos três anos de idade. Caracteriza-se pela combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade (inquietude motora) e impulsividade, sendo a apresentação predominantemente desatenta conhecida por muitos como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Há causa definida? Estudos apontam a predisposição genética e a ocorrência de alterações nos neurotransmissores (dopamina e noradrenalina), que estabelecem as conexões entre os neurônios na região frontal do cérebro, como as principais causas do Transtorno do Déficit de Atenção. Algumas pesquisas indicam que fatores ambientais e neurológicos podem estar envolvidos, mas ainda não há consenso sobre o assunto. O diagnóstico de uma patologia psiquiátrica só deve ser feito e fechado por um profissional especializado. Ele leva em conta um conjunto de fatores que depende da avaliação minuciosa de um médico. Renovamos o pedido para que não se julgue quem quer que seja precocemente, aumentando a dificuldade e alimentando preconceitos. Avaliando os sinais As crianças devem apresentar pelo menos seis sintomas de desatenção ou seis sintomas de hiperatividade/impulsividade antes dos sete anos Os sintomas devem estar presentes pelo menos há seis meses, ocorridos em dois ou mais ambientes, e não serem provocados por outro motivo Os sintomas devem ser graves o suficiente para resultar em dificuldades significativas em muitos ambientes, inclusive em casa, na escola e no relacionamento com as pessoas Os sintomas de TDAH se dividem em três grupos: Algumas crianças com TDAH são exclusivamente do tipo desatento. Outras podem ter uma combinação de tipos. As que sofrem do tipo desatento são menos perturbadas e muitas vezes não recebem o diagnóstico de TDAH. Sintomas do tipo desatento Não consegue prestar atenção em detalhes ou comete erros resultantes de descuidos no trabalho escolar Tem dificuldade de manter a atenção nas tarefas ou em jogos Parece não escutar quando falamos diretamente com ela Não segue as instruções em sua totalidade e não consegue terminar trabalhos escolares Tem dificuldade de organizar tarefas e atividades Evita ou não gosta de tarefas que demandem manter esforço mental Perde brinquedos, trabalhos, lápis, livros ou ferramentas necessárias com alta frequência Distrai-se facilmente Sofre com esquecimentos frequentes Sintomas de hiperatividade: ​Mexe as mãos e os pés o tempo todo e não consegue permanecer quieto Levanta-se quando deve permanecer sentado Corre ou sobe em móveis em situações inapropriadas Tem dificuldade de brincar em silêncio Parece frequentemente estar "ligada na tomada" e fala excessivamente Sintomas de impulsividade: Tem dificuldade de aguardar a vez Fala antes que as perguntas sejam completadas​ Interrompe ou se intromete durante o diálogo ou a atividade dos colegas

  • Transtorno Bipolar

    Transtorno bipolar O Transtorno Bipolar (TB) é caracterizado por alterações de humor que se manifestam em episódios depressivos alternados com sentimentos de euforia - denominados de mania. Existem três níveis do transtorno: Bipolar Tipo 1 - apresenta pelo menos um episódio maníaco e períodos de depressão profunda. Bipolar Tipo 2 - não há episódios maníacos completos. Apresenta períodos de níveis elevados de energia e impulsividade que não são tão intensos como os da mania (chamada de hipomania). Estes picos se alternam com os picos de depressão. Ciclotimia - considerada a forma mais leve do transtorno bipolar. Consiste em oscilações de humor não tão graves. Pessoas com este problema alternam entre hipomania e depressão leve. O Transtorno Bipolar tem causa definida? Para desencadear uma crise não há motivos ou situações específicas. O estopim pode estar relacionado ao estresse, tanto positivo quanto negativo. O diagnóstico de uma patologia psiquiátrica só deve ser feito e fechado por um profissional especializado. Ele leva em conta um conjunto de fatores que depende da avaliação minuciosa de um médico. Renovamos o pedido para que não se julgue quem quer que seja precocemente, aumentando a dificuldade e alimentando preconceitos. Principais sintomas: Episódios depressivos Tristeza, irritabilidade Perda ou aumento de apetite Dificuldade de concentração Pensamento de morte ou suicídio Episódios de euforia Alegria exagerada Agitação física e mental Sensação de ter poderes especiais Ideias grandiosas Aumento do desejo sexual Insônia

  • Síndrome do Pânico

    Síndrome do pânico A síndrome ou transtorno do pânico é um quadro neuromental específico entre os transtornos de ansiedade. O Pânico tem causa definida? Não. É uma doença que se caracteriza pela ocorrência repentina, inesperada e inexplicável de crises de ansiedade aguda marcadas por muito medo e desespero. A pessoa tem a sensação de que perdeu o controle de seu corpo. Na maioria dos casos, a crise atinge seu ápice dentro de 10 a 20 minutos. Alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. Pode ser confundido com um ataque cardíaco. O diagnóstico de uma patologia psiquiátrica só deve ser feito e fechado por um profissional especializado. Ele leva em conta um conjunto de fatores que depende da avaliação minuciosa de um médico. Renovamos o pedido para que não se julgue quem quer que seja precocemente, aumentando a dificuldade e alimentando preconceitos. A doença pode ser identificada se o paciente apresentar ataques de pânico recorrentes, com a presença de pelo menos quatro dos seguintes sintomas: 1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia 2. Tremores ou abalos 3. Sensação de falta de ar ou sufocamento 4. Sensação de asfixia 5. Dor ou desconforto torácico 6. Náusea ou desconforto abdominal 7. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio 8. Calafrios e ondas de calor 9. Dormências ou formigamentos 10. Sensação de que locais e pessoas que são familiares lhe parecem irreais 11. Medo de perder o controle 12. Medo de morrer

  • Esquizofrenia

    Esquizofrenia É uma doença psiquiátrica endógena que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. Causa delírios, alucinações, comportamento e fala desorganizados e diminuição na capacidade de expressar a afetividade. Pode aparecer em qualquer fase da vida, mas normalmente ocorre entre os 10 e 25 anos nos homens e entre os 25 e 35 anos nas mulheres. Casos antes dos 10 anos de idade e depois dos 60 anos são raros. A Esquizofrenia tem causa definida? As causas da doença ainda não são totalmente conhecidas. Sabe-se que a genética é responsável por, pelo menos, um terço dos casos. Fatores ambientais também são responsáveis por desencadear o problema, mas não há dados conclusivos de quais sejam eles. O diagnóstico de uma patologia psiquiátrica só deve ser feito e fechado por um profissional especializado. Ele leva em conta um conjunto de fatores que depende da avaliação minuciosa de um médico. Renovamos o pedido para que não se julgue quem quer que seja precocemente, aumentando a dificuldade e alimentando preconceitos. Sintomas produtivos Delírio - visão distorcida da realidade. O mais comum é o delírio persecutório. O indivíduo acredita que está sendo perseguido e observado por pessoas que tramam alguma coisa contra ele. Alucinações - percepção que ocorre independentemente de um estímulo externo. O doente escuta vozes, em geral, dos “perseguidores” que “dão” ordens e comentam o que ele faz. Sintomas negativos Caracterizam-se por diminuição dos impulsos e da vontade de criar laços afetivos. Há a perda da capacidade de entrar em ressonância com o ambiente, de sentir alegria ou tristeza. São mais resistentes ao tratamento.

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